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AMAZUL apresenta Pequenos Reatores Modulares na Câmara dos Deputados

Reunião sobre energia nuclear no Brasil.
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No dia 11 de junho, a AMAZUL (Amazônia Azul Tecnologias de Defesa S.A.) apresentou, em audiência pública na Câmara dos Deputados, as perspectivas e os desafios para a adoção de Pequenos Reatores Modulares (SMRs) no Brasil. O encontro, realizado pela Comissão de Ciência, Tecnologia e Inovação, teve como foco discutir o papel estratégico dos SMRs na transição energética nacional e a necessidade de atualização do marco regulatório do setor nuclear.

O que são os Pequenos Reatores Modulares (SMRs) e suas aplicações no Brasil

Durante a audiência, a equipe técnica da AMAZUL detalhou o conceito dos Pequenos Reatores Modulares (SMRs), uma tecnologia nuclear emergente caracterizada pela modularidade, flexibilidade operacional e elevados padrões de segurança. Ao contrário das usinas nucleares convencionais, os SMRs têm capacidade de geração mais compacta, o que permite sua instalação em regiões com infraestrutura limitada.

Os representantes da AMAZUL apresentaram modelos de SMRs em desenvolvimento no cenário internacional, como os projetos norte-americanos, canadenses e europeus, além de destacar o avanço brasileiro em microrreatores nucleares, cujo desenvolvimento já recebeu apoio da FINEP e do FNDCT.

Os especialistas também reforçaram que os SMRs podem atender a diversas finalidades: geração de energia elétrica, produção de calor industrial, dessalinização de água e até fornecimento de energia para bases militares e comunidades isoladas, ampliando a autonomia energética nacional.

Impactos da adoção de SMRs para o desenvolvimento regional e geração de empregos

Um dos pontos mais enfatizados pela AMAZUL foi o impacto social e econômico da implementação dos SMRs. A instalação de unidades em áreas afastadas pode promover o desenvolvimento regional, garantindo fornecimento de energia estável para comunidades remotas, polos industriais e operações logísticas estratégicas.

Além disso, a cadeia produtiva necessária para a construção, operação e manutenção desses reatores tem potencial para gerar empregos altamente qualificados, movimentando setores como engenharia, tecnologia da informação, metalurgia e construção civil. A indústria nacional de Defesa e Energia pode ser uma das maiores beneficiadas com a transferência de tecnologias e a criação de novas demandas.

Os representantes da AMAZUL destacaram também a importância de estabelecer parcerias com universidades e centros de pesquisa, promovendo a capacitação de mão de obra especializada e fortalecendo a Base Industrial de Defesa e Energia do país.

O papel estratégico dos SMRs na transição energética e na soberania tecnológica do Brasil

No contexto da transição energética, os Pequenos Reatores Modulares surgem como uma solução viável para acelerar a descarbonização da matriz elétrica brasileira, especialmente diante da crescente demanda por fontes de energia estáveis e com baixa emissão de carbono.

A AMAZUL reforçou que, para viabilizar a implantação dos SMRs, é fundamental avançar na modernização do marco legal e regulatório do setor nuclear. As discussões na Câmara dos Deputados foram um passo importante para sensibilizar os legisladores sobre a necessidade de atualização das normas vigentes.

Outro aspecto estratégico apontado foi a soberania tecnológica. Desenvolver um projeto nacional de SMR permitirá ao Brasil reduzir sua dependência de tecnologias estrangeiras e aumentar sua capacidade de resposta a crises energéticas, além de abrir oportunidades para exportação de tecnologia nuclear.

Por fim, a audiência pública demonstrou que o Brasil possui conhecimento técnico, capacidade industrial e vontade política para transformar os SMRs em uma realidade, fortalecendo a segurança energética e a posição do país no cenário global de tecnologias limpas.

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