Imagem: Olhar Digital

Os russos são taxados como pessoas frias, no entanto, podem surpreender. Como no caso dos amigos de Roman Mazurenko, que acabou falecendo após ser atropelado quando tinha apenas 34 anos. Eles encontraram uma forma de manter o amigo presente criando um bot baseado em inteligência artificial.

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A espécie de robô virtual foi desenvolvida para simular algumas ações, além de responder a comandos de voz e mensagens de texto. Para criar um banco de dados mais amplo, os conhecidos de Roman fizeram um compilado com mensagens enviadas pelo amigo.

Dessa forma, o bot baseado na personalidade de Roman consegue utilizar a inteligência artificial e uma rede neural para responder como se fosse ele e criar diferentes combinações de palavras de acordo com as perguntas feitas ao robô.

Dima Pyanov, um dos criadores do bot, disse que ficou emocionado ao conseguir conversar novamente com o amigo. “Quando essa tragédia aconteceu, nos afetou muito fortemente. A primeira vez que falei com o bot, comecei a conversar com o Roman e ele começou a responder, eu caí no choro”.

Um vídeo intitulado ‘Falando com meu amigo morto’, publicado no último domingo (17) pela BBC News Brasil, revela como foi todo o processo de criação do bot. Confira:

https://www.youtube.com/watch?v=0-bP-t0hNsU

Alvo de críticas

Os amigos de Roman Mazurenko revelam que ouviram críticas como: “você não deixa sua dor ir embora”, ou “é assustador”. No entanto, os jovens disseram que apenas colocaram em prática os desejos que Roman tinha em vida.

Eugenia Kuyda, uma das desenvolvedoras que teve a ideia de criar o bot, declarou: “Como podemos ser tão ingratos a ponto de só enterrá-lo e tentar esquecer o mais rápido possível?”

Curiosamente, “um dos últimos projetos em que Roman trabalhou, era sobre repensar a morte”, revelou Dima Pyanov. Além de conseguir interagir com uma versão virtual do amigo, os jovens russos levantaram uma discussão interessante sobre como a tecnologia pode ter um papel importante na recuperação de uma perda.

Fonte: BBC e Olhar Digital

Marcelo Barros
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Universidade Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).