Ano Novo chegou primeiro na Ilha da Trindade, no ES

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Em meio à imensidão azul do Atlântico Sul, a Ilha da Trindade, no Espírito Santo, celebrou a chegada de 2025 antes de qualquer outro ponto do Brasil. Isolada a mais de 1.100 km do continente, a ilha viveu a virada com um pequeno grupo de militares da Marinha e cientistas que ocupam a região. O fuso horário UTC-2:00 garantiu a eles o privilégio de abrir o calendário brasileiro em um cenário único, onde o horizonte do mar se funde com o céu estrelado.

Ilha da Trindade: Primeiro ponto do Brasil a celebrar 2025

Foto: 1SG (FN) Helton

Localizada no fuso horário UTC-2:00, a Ilha da Trindade foi o primeiro ponto do Brasil a saudar a chegada de 2025. Situada a mais de 1.100 km da costa do Espírito Santo, essa ilha oceânica, que faz parte do município de Vitória, carrega um simbolismo único ao ser o território mais avançado no horário brasileiro.

Com uma guarnição composta por cerca de 36 militares da Marinha do Brasil e pesquisadores que atuam em missões científicas, a virada do ano foi marcada por uma celebração simples, mas significativa. Ali, longe do agito das grandes cidades e dos tradicionais fogos de artifício, o novo ano foi recebido sob um céu incrivelmente estrelado e a tranquilidade do oceano ao redor.

Esse isolamento, no entanto, não diminui a importância da Ilha da Trindade para o país. Além de ser um ponto de soberania nacional, a ilha simboliza a vastidão territorial brasileira que se estende muito além do continente.

Importância Estratégica e Científica da Ilha da Trindade

Foto: 1SG (FN) Helton

A presença permanente de militares e pesquisadores na Ilha da Trindade não é apenas uma questão de ocupação territorial, mas também de relevância científica e estratégica para o Brasil. Desde 1957, a ilha abriga o Posto Oceanográfico da Ilha da Trindade (POIT), responsável por garantir a soberania nacional na região e apoiar pesquisas científicas e ambientais.

Além disso, o Programa de Pesquisas Científicas na Ilha da Trindade (PROTRINDADE) tem se destacado como um pilar essencial para o avanço do conhecimento em áreas como Meteorologia, Biologia Marinha, Geologia e Oceanografia. A biodiversidade única da ilha, com espécies endêmicas como o caranguejo-amarelo e a pardela-de-trindade, reforça a necessidade de preservação desse ecossistema sensível.

Outro ponto de destaque é o papel estratégico da ilha para a Zona Econômica Exclusiva (ZEE) do Brasil. Ao garantir a ocupação permanente, o país reforça seus direitos sobre uma vasta área marítima de cerca de 450 mil km², com grande potencial econômico e ambiental.

Outros locais do Brasil que veem o Ano Novo primeiro

Além da Ilha da Trindade, outros territórios brasileiros também celebram o Ano Novo antes do restante do país, graças aos diferentes fusos horários. O Arquipélago de Fernando de Noronha (PE), a 545 km da costa nordestina, e o Atol das Rocas (RN), a 269 km de Natal, também seguem o fuso horário UTC-2:00 e compartilham a experiência única de receber o novo ano de forma antecipada.

Esses locais, embora distintos, têm em comum a importância estratégica para o Brasil, tanto do ponto de vista de ocupação territorial quanto de preservação ambiental. O Atol das Rocas, por exemplo, é a única formação desse tipo no Atlântico Sul, com um ecossistema marinho riquíssimo e protegido.

Em todos esses territórios, a virada do ano ocorre longe do barulho das grandes festas, mas com uma conexão profunda com a natureza e uma sensação única de exclusividade. São locais onde o tempo parece passar de forma diferente, e a chegada de um novo ano é celebrada em harmonia com o ritmo das ondas e o brilho das estrelas.

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Marcelo Barros
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Universidade Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).

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