A Ucrânia informou à Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) que os reatores nucleares do país continuam operando com segurança, disse, em nota divulgada pela AIEA, o diretor-geral da entidade, Rafael Mariano Grossi, reiterando seu apelo por contenção máxima para evitar qualquer ação que possa comprometer a segurança das usinas.
Na quinta-feira (24), o país relatou à AIEA que “forças armadas não identificadas” assumiram o controle da central nuclear de Chernobyl, localizada dentro da Zona de Exclusão estabelecida em torno de suas instalações. Grossi disse que é de vital importância que as operações seguras e protegidas das instalações nucleares não sejam afetadas ou interrompidas de forma alguma.
Em relação aos relatórios de medições mais altas de radiação verificadas no local, a autoridade reguladora da Ucrânia disse que elas podem ter sido causadas por veículos militares pesados que agitaram o solo ainda contaminado do acidente de 1986.
A AIEA avalia que as leituras informadas pelo regulador – de até 9,46 microSieverts por hora – são baixas e permanecem dentro da faixa operacional medida na Zona de Exclusão desde que foi estabelecida e, portanto, não representam nenhum perigo para o público.
A agência ressalta que continua a acompanhar de perto este e outros desenvolvimentos na Ucrânia, com foco especial na segurança de seus reatores nucleares. Segundo o diretor-geral Grossi, a AIEA está em contato constante com autoridade reguladora ucraniana, que regularmente fornece à entidade informações atualizadas. Ele acrescenta que continua seriamente preocupado com a situação corrente da Ucrânia.
Ao fim da nota, a AIEA frisa que continuará a fornecer atualizações regulares sobre a situação.
Fonte: Eletronuclear
