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Para quem vive do rio São Francisco, estar regularizado é mais que uma obrigação — é uma questão de sobrevivência. Em Pão de Açúcar, nos dias 20 e 21 de março, 57 pescadores e pescadoras puderam renovar suas carteiras e retomar o curso da própria história, graças à atuação conjunta da Agência Fluvial de Penedo e da Capitania dos Portos de Alagoas.
Regularização e qualificação na atividade pesqueira
A regularização da atividade pesqueira é uma etapa fundamental para garantir segurança, reconhecimento profissional e acesso a políticas públicas. A ação promovida pela Agência Fluvial de Penedo permitiu que 57 pescadores e pescadoras renovassem suas Carteiras de Habilitação de Pescador, documento essencial para o exercício legal da profissão. O procedimento foi realizado com agilidade e orientação técnica, fortalecendo a cultura da legalidade entre os trabalhadores do rio.
Além da regularização, a ação também incluiu um importante passo na qualificação: cerca de 30 pescadores participaram do teste de natação, etapa obrigatória para ingresso no Curso de Formação de Aquaviários – Pescador Profissional Nível 1 (CFAQ-POP1). O curso será realizado em breve na Colônia de Pesca Z20, ampliando as oportunidades de capacitação para a comunidade local e contribuindo para a segurança da navegação e das atividades profissionais.
Cidadania e dignidade para comunidades ribeirinhas
Para muitos desses profissionais, a pesca artesanal é mais que um ofício — é uma herança cultural e um meio de sustento. No entanto, sem a documentação adequada, ficam vulneráveis à informalidade e à exclusão de direitos. A presença da Marinha do Brasil, por meio da Agência Fluvial de Penedo, representa um compromisso com a cidadania, ao levar até essas comunidades o acesso à regularização e à formação técnica.
O impacto da ação vai além dos números. Entre os atendidos, estão homens e mulheres que encontraram na renovação da carteira um recomeço, a chance de trabalhar com tranquilidade e orgulho. O envolvimento da Colônia de Pesca Z20, que cedeu espaço e apoio logístico, foi decisivo para a mobilização dos pescadores e para a integração com os órgãos oficiais. A colônia atua como ponte entre a comunidade e as instituições, garantindo que as ações cheguem a quem mais precisa.
Parcerias locais e o fortalecimento da atividade pesqueira
A iniciativa foi resultado de uma parceria bem-sucedida entre a Agência Fluvial de Penedo, subordinada à Capitania dos Portos de Alagoas, e as lideranças locais da pesca em Pão de Açúcar. Essa atuação descentralizada da Marinha é parte de uma estratégia mais ampla de fortalecimento da presença institucional em municípios do interior, especialmente em regiões ribeirinhas e de difícil acesso.
Com ações como essa, a Marinha do Brasil reafirma seu papel não apenas como força defensiva, mas também como agente de desenvolvimento social e capacitação profissional. A presença da instituição nas margens do São Francisco amplia o alcance da política marítima e fortalece a atividade pesqueira artesanal, essencial para a economia e a identidade cultural de Alagoas.
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