Agência Espacial Brasileira (AEB) repassou R$ 1,74 milhão para o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) prosseguir com a missão NanoMIRAX, um projeto de pesquisa composto pelo experimento LECX (Localizador de Explosões Cósmicas de Raios-X), que consiste na detecção de explosões cósmicas, como rajadas de raio gama (GRBs) ou raio-X.

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A carga útil do nanossatélite é constituída por uma câmera com 4 detectores de raios-X e 3 placas eletrônicas para demonstração tecnológica. “Trata-se do primeiro satélite brasileiro na área de astronomia, ou seja, o primeiro satélite desenvolvido no Brasil para estudar o universo e os astros”, disse João Braga, pesquisador da Divisão de Astrofísica (DIAST) do INPE.

O presidente da AEB, Carlos Moura, realçou a importância desse repasse. “A Agência sente-se orgulhosa em participar dessa missão. O INPE, que desde os anos 60, desbrava fronteiras do conhecimento espacial, certamente poderá avançar ainda mais, aproveitando-se do potencial e do reduzido custo das pequenas plataformas satelitais”, disse.

O projeto encontra-se na fase de desenvolvimento do modelo de voo, ou seja, o modelo de engenharia já foi desenvolvido e testado. Agora, o modelo de voo será construído, integrado e testado para ficar preparado para o lançamento. “Os recursos provindos da AEB vão exatamente propiciar o desenvolvimento do modelo de voo, porque vão permitir a compra de subsistemas e pagamento de serviços que viabilizarão a montagem, integração e testes do modelo de voo do NanoMIRAX”, continuou João.

O coordenador de Satélites e Aplicações da AEB, Rodrigo Leonardi, ressaltou como projetos de nanossatélites são muito importantes para a Agência atualmente. “A Agência Espacial Brasileira vem acompanhando uma tendência tecnológica mundial de miniaturização de sistemas espaciais. O NanoMIRAX se destaca por ser um satélite voltado para a astronomia, que produzirá ciência de qualidade utilizando uma plataforma de nanossatélite”, afirmou.

“No caso de projetos como o nanoMIRAX, a importância está no desenvolvimento de plataformas de nanossatélites com alto percentual de nacionalização e no desenvolvimento de experimentos científicos de baixo custo e alta competitividade”, ressaltou o pesquisador do INPE, João Braga.

Fonte: Portal BIDS

Marcelo Barros
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Universidade Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).