The Ocean Agency/WL Catlin Seavi Antes e depois do branqueamento de corais na Grande Barreira de Corais.

Uma agência da ONU está preocupada com a situação dos recifes de corais em todo o mundo. Um fenômeno chamado terceiro evento global de branqueamento de corais durou 36 meses e foi designado o mais longo e destrutivo já ocorrido.

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O caso começou em 2014, quando recifes de corais espalhados pelo globo perderam as cores vibrantes por causa de um excesso de calor naquele ano. O problema foi detectado no Oceano Pacífico, depois no Índico e por último no Atlântico.

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Coral Reef Image Bank/Jayne Jenk Uma tartaruga nada por um recife de coral nas Maldivas

Efeito estufa

De acordo com o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, Pnuma, o branqueamento em massa dos corais poderia se transformar “em norma nas próximas décadas.”

O relatório, divulgado em novembro, atualizou modelos climáticos que preveem o branqueamento ocorrendo mais rapidamente no futuro. Os cientistas alertam que somente uma redução das emissões que causam o efeito estufa poderiam salvar os corais.

Os recifes são fundamentais para a vida marinha, existências humanas e para o espetáculo de vastas partes de oceanos ainda não exploradas.

Foto: Pnuma/Jerker Tamelander Os recifes de coral são os ecossistemas marinhos mais biodiversos do mundo.

2034-2045

O documento examinou as condições de branqueamento baseadas em dois possíveis cenários. O primeiro considera uma economia mundial fortemente dirigida por combustíveis fósseis. Já o segundo imagina um meio termo, no qual os países excederiam suas promessas de limitar emissões de carbono pela metade.

No primeiro cenário, as previsões apontam para o branqueamento de todos os recifes de corais até o fim do século. O ponto alto e mais severo do branqueamento aconteceria em 2034, nove anos após as estimativas publicadas três anos atrás.

Caso o meio termo fosse alcançado, o efeito arrasador para os corais ocorreria em 2045.

Kadir van Lohuizen/NOOR/ONU Meio Ambiente Pelo menos 1 bilhão de pessoas no mundo dependem de 25% de todas as espécies marinhas que são apoiadas pelos arrecifes de corais

Evidências científicas

Em caso de falta de ação, os recifes irão desaparecer. A previsão é de Letícia Carvalho, diretora da seção de marinha e água doce do Pnuma.
Para ela, a humanidade tem de agir com base em evidências científicas, ambição e inovação para mudar a trajetória do ecossistema antes que seja tarde demais.

Um outro fator danoso para os corais são as altas temperaturas dos oceanos. Com o aquecimento das águas, os corais liberam uma fonte de energia de alga tornando-se brancos. Os recifes podem se recuperar do branqueamento se as condições ambientais melhorarem.

Cadeia alimentar

Mas o constante aquecimento das águas pode levar os corais à perda total. Desde 1998, o mundo registrou três eventos assim incluindo um em 2014.

Caso os corais não possam se recuperar as consequências serão desastrosas para os ecossistemas, a cadeia alimentar, a proteção do litoral, medicamentos e até oportunidades de recreação.

Pelo menos 1 bilhão de pessoas no mundo dependem de 25% de todas as espécies marinhas que são apoiadas pelos recifes de corais.

Fonte: ONU News

Marcelo Barros
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Universidade Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).