AF-1 Skyhawk intercepta helicóptero AH-15A em exercício inédito

Helicóptero e avião voando no céu azul com nuvens.
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Em um marco operacional para a Aviação Naval brasileira, o caça AF-1 Skyhawk realizou, no dia 25 de maio, a interceptação de um helicóptero AH-15A “Super Cougar”, em um exercício inédito conduzido pela Marinha do Brasil. A ação teve como objetivo testar a eficácia de procedimentos de aproximação e controle visual sobre vetores de baixa velocidade e alta manobrabilidade, ampliando as capacidades da defesa aérea naval.

Aspectos técnicos do exercício de interceptação aérea

Conduzido pelo 1º Esquadrão de Aviões de Interceptação e Ataque, o exercício envolveu o emprego do caça AF-1 Skyhawk operando em velocidade controlada para se adequar ao perfil do helicóptero AH-15A, pertencente ao 2º Esquadrão de Helicópteros de Emprego Geral. O foco da operação foi validar os procedimentos de detecção, aproximação e acompanhamento visual, fundamentais para a interceptação de vetores de baixa velocidade.

O desempenho do Skyhawk surpreendeu positivamente ao demonstrar controlabilidade em regimes de voo lento, mantendo estabilidade e permitindo a manutenção de consciência situacional durante toda a aproximação. Essa capacidade é essencial para que a aeronave possa realizar identificações visuais seguras e tomar decisões táticas em tempo real, mesmo contra alvos mais manobráveis como helicópteros.

Importância da doutrina de Slow Mover Intercept na guerra moderna

Equipe militar em frente a helicóptero da Marinha

O conceito de Slow Mover Intercept, adotado por forças da OTAN, refere-se à interceptação de aeronaves de baixa velocidade, como helicópteros ou pequenos aviões de ataque e transporte. Essas aeronaves representam um risco crescente em operações navais modernas por sua capacidade de transportar tropas, lançar mísseis antinavio ou executar missões de infiltração.

Ao treinar seus caças para lidar com essas ameaças, a Marinha do Brasil demonstra alinhamento com doutrinas internacionais e reforça a necessidade de adaptar suas táticas aos cenários contemporâneos de conflito, nos quais helicópteros armados assumem papel central em operações litorâneas, abordagens marítimas e apoio de fogo embarcado.

Versatilidade e valorização da Aviação Naval brasileira

Tradicionalmente associada à defesa aérea contra caças de asa fixa, a Aviação de Caça Naval brasileira amplia seu escopo ao incluir em seu treinamento vetores de voo não convencionais. Isso fortalece a prontidão operacional da Esquadra, que passa a contar com meios aéreos preparados para reagir a múltiplos tipos de ameaça, inclusive em ambientes embarcados ou em apoio a forças de superfície.

O exercício também projeta a valorização estratégica do AF-1 Skyhawk, cuja longevidade e flexibilidade continuam sendo ativos valiosos no inventário da Marinha. Mais do que um caça veterano, o AF-1 prova-se uma plataforma adaptável às necessidades da guerra moderna, integrando-se a um sistema de defesa que exige cada vez mais interoperabilidade, velocidade de reação e poder de dissuasão.

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