Os usuários do Aeroporto Santos Dumont (SDU), no Rio de Janeiro (RJ), têm um motivo especial para comemorar. Isso porque foram publicados e disponibilizados, no dia 15/07, os Procedimentos de Saída por Instrumentos (SID, sigla em inglês de Standard Instrument Departure) para o aeroporto carioca. Os SID foram desenvolvidos considerando o conceito de Performance de Navegação Requerida (RNP AR, do inglês Required Navigation Performance – Autorization Required), que oferecem grandes benefícios às operações aéreas nos aeroportos, especialmente em termos de maior acessibilidade e eficiência de voo.

As características principais dos novos procedimentos são: maior acessibilidade ao Aeroporto Santos Dumont, devido à significativa redução do teto (de 700 pés para zero pés) e da visibilidade (de 4 mil metros para 800 metros); redução da probabilidade de arremetidas e consequentemente necessidade de prosseguir para aeroportos de alternativa, o que favorece a segurança operacional e a redução de gastos para as empresas, e melhora a satisfação dos passageiros; maior eficiência do voo, uma vez que a aeronave decola em condições de voo por instrumentos, guiando-se pelas trajetórias providas pelo procedimento de saída RNP AR; maior utilização do aeroporto e redução de problemas associados à malha aérea, tais como atrasos e perdas de conexões, por conta da suspensão das operações devido a condições meteorológicas adversas.

i217218323908659Equipe multidisciplinar

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O trabalho foi desenvolvido por uma equipe multidisciplinar, envolvendo especialistas do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA), do Instituto de Cartografia Aeronáutica (ICA), do Grupo Especial de Inspeção em Voo (GEIV), da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) e de empresas aéreas. Este empreendimento consta do Programa de Trabalho do Grupo de Estudos sobre Planejamento do Espaço Aéreo (GEPEA), que é um fórum permanente, criado com o objetivo de discutir oportunidades de melhorias na organização e gerenciamento do espaço aéreo brasileiro, por meio de estudos específicos.

O Tenente-Coronel Especialista em Controle de Tráfego Aéreo Clóvis Fernandes Júnior, responsável pela equipe do DECEA no projeto, comemorou os resultados alcançados. “Foram dois anos de estudos, pesquisas, simulações e análises para a conclusão do projeto SID RNP AR. Agora, as aeronaves já podem pousar e decolar, mesmo em condições meteorológicas desfavoráveis no Aeroporto Santos Dumont, mantendo-se os mesmos níveis de segurança operacional e aumentando, de forma significativa, a eficiência das operações aéreas naquele aeroporto”, disse.

O DECEA já estuda a possibilidade de elaborar saídas RNP AR para outros aeroportos, o que irá ampliar, ainda mais, os benefícios alcançados para o Aeroporto Santos Dumont. Importante ressaltar que, por tratar-se de um procedimento que requer uma autorização “especial”, os usuários devem obter da ANAC uma aprovação para utilizar o procedimento.

Fotos: Divisão de Operações do ICA 

Marcelo Barros, com informações da Agência Força Aérea
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Assessoria de Comunicação (UNIALPHAVILLE), MBA em Jornalismo Digital (UNIALPHAVILLE), Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).