A Força Aérea Brasileira (FAB), por meio do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA) e do Comando de Preparo (COMPREP), realiza até o dia 7 de maio, o Exercício Operacional de Busca e Salvamento (SAR, do inglês Search And Rescue), na Base Aérea de Florianópolis (BAFL), em Santa Catarina (SC).

Nos siga no Instagram, Telegram ou no Whatsapp e fique atualizado com as últimas notícias de nossas forças armadas e indústria da defesa.

Mais de 350 militares, de diversas unidades, participam do exercício, chamado de EXOP Carranca, que tem por objetivo adestrar as Unidades Aéreas participantes e o Esquadrão Aeroterrestre de Salvamento (EAS) na execução de técnicas necessárias ao cumprimento da Ação de Força Aérea de Busca e Salvamento. O Chefe da Divisão de Busca e Salvamento (DSAR) do DECEA, Major Aviador Bruno Vieira Passos, explica acerca da finalidade do EXOP. “Visa, também, aprimorar os planejamentos dos órgãos de coordenação – Centros de Coordenação de Busca e Salvamento Aeronáutico (ARCC) – bem como uma maior interação entre esses órgãos de coordenação e as unidades de execução de missões SAR em cenários terrestres e marítimos”, ressaltou.

i2241811032306386

Participam do adestramento o Primeiro Esquadrão do Sétimo Grupo de Aviação (1º/7º GAV) – Esquadrão Orungan; o Segundo Esquadrão do Sétimo Grupo de Aviação (2º/7º GAV) – Esquadrão Phoenix; o Terceiro Esquadrão do Sétimo Grupo de Aviação (3º/7º GAV) – Esquadrão Netuno; o Primeiro Esquadrão do Primeiro Grupo de Transporte (1º/1º GT) – Esquadrão Gordo; o Segundo Esquadrão do Décimo Grupo de Aviação (2º/10º GAV) – Esquadrão Pelicano; e o Esquadrão Aeroterrestre de Salvamento (PARA-SAR).

i2241811032306682O DECEA estará representado por integrantes dos cinco Centros de Coordenação de Busca e Salvamento Aeronáutico (SALVAEROS): Amazônico, Recife, Atlântico, Curitiba e Brasília, somados aos militares da DSAR. Militares da Marinha do Brasil da área SAR (SALVAMAR) também são treinados no EXOP Carranca, assim como a Base Aérea de Canoas (BACO), que compõe a Direção do Exercício (DIREX), e a Base Aérea de Florianópolis, que dá suporte e apoio à execução do adestramento.

Durante o EXOP Carranca estão ativados dois Subcentros de Salvamento, alocados em um shelter montado pelo Primeiro Grupo de Comunicações e Controle (1° GCC), e funcionam concomitantemente ao planejamento e à coordenação das missões de Busca e Salvamento atendendo à demanda de voo da DIREX.

Empregos das aeronaves

i2241811032209173Além da atuação de centenas de militares, a FAB conta com a presença de diversas aeronaves, como P-3 AM Orion, P-95 Bandeirante Patrulha, C-130 Hércules, SC-105 Amazonas e H-60L Black Hawk, além das aeronaves que auxiliam na mobilização e desmobilização. O Diretor do Exercício, Coronel Aviador Marcelo Zampier Bussmann, que é Comandante da BACO, comenta sobre a atividade. “Durante o treinamento, vários cenários são abordados de maneira que se aproximem ao máximo de situações reais e com maior probabilidade de ocorrerem, fazendo com que o preparo dos participantes atinja um elevado nível de operacionalidade, sendo possível empregá-los quando necessário em missões de Busca e Salvamento em todo o território nacional”, finaliza.

i2241811185801108Operações reais

A realização dos Exercícios Operacionais visa garantir o preparo dos militares para o cumprimento das missões. No dia 15 de abril, o Primeiro Esquadrão do Oitavo Grupo de Aviação (1º/8º GAV) – Esquadrão Falcão, sediado na Base Aérea de Natal (BANT), em Parnamirim (RN), foi acionado para resgatar um homem vítima de ataques convulsivos e que estava a bordo de um navio português (NM Harbour Progress) e seguia da Nigéria para Trindade e Tobago.

Para viabilizar o resgate, a aeronave H-36 Caracal decolou de Parnamirim (RN) para Fernando de Noronha (PE), onde realizou pouso técnico e pernoite da tripulação. Após as coordenações necessárias, a aeronave voou até a posição do navio para realizar o resgate, que ocorreu às 6h27 (horário de Brasília), da sexta-feira. O helicóptero manteve o voo pairado enquanto os homens de resgate SAR desceram até o convés do navio e içaram a vítima com uso de um triângulo de resgate.

A tripulação do helicóptero era composta por dez militares, sendo três pilotos, dois operadores de equipamentos, três homens de resgate, uma médica e um enfermeiro.

Fotos: Agência Força Aérea / DECEA, Suboficial Evangelista / BAFL

Marcelo Barros, com informações da Agência Força Aérea
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Assessoria de Comunicação (UNIALPHAVILLE), MBA em Jornalismo Digital (UNIALPHAVILLE), Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).