O ambiente é de campo de batalha: vasto terreno desabitado, com vegetação de cerrado a perder de vista. A atmosfera do ambiente é de combate: militares concentrados na tarefa de executar o ataque a forças inimigas.

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Vestindo camuflados e portando fuzis ou rádios para comunicação entre membros da tropa, eles estão focados no desempenho da missão. Quem presencia um treinamento militar como esse, executado com equipamentos bélicos reais, é transportado para um ambiente típico de combate.

Canhões e lançadores múltiplos de foguetes disparavam sob o comando de militares treinados. É o caso da utilização do Astros 2020, projeto estratégico de Defesa composto por foguetes e mísseis de alta tecnologia, lançados por viaturas e capazes de atingir entre 15 e 300km.

Nesse cenário, a Marinha, em parceria com o Exército, treinou seus fuzileiros navais durante a Operação Formosa 2020. Trata-se de uma operação anfíbia, de preparação dos militares.

A capacitação envolveu 250 militares da Força Fuzileiros de Esquadra (FFE), que manejaram armas de artilharia, aviação e infantaria em demonstrações reais de tiro. O adestramento ocorreu de 17 a 25 de agosto, no Campo de Instrução de Formosa, no município goiano localizado a 69 km de Brasília.

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“Nesse treinamento, pudemos aplicar as nossas armas de apoio em todas as suas características”, ressaltou o Comandante da Divisão Anfíbia, Contra-Almirante Pilar. A organização militar que ele comanda é responsável por planejar a operação, que ocorre anualmente. O treinamento assegura condições de pronto-emprego do Grupamento de Fuzileiros Navais.

O Exército apoiou o adestramento com a disponibilização do Campo de Instrução de Formosa, na região da Pedra de Fogo do Forte Santa Bárbara. O último dia do treinamento foi prestigiado por autoridades como o Comandante da Marinha, Almirante Ilques Barbosa.

“Esses exercícios contribuem muito para o aprestamento da Força Naval, mas também para o Exército”, ressaltou. Eles puderam acompanhar demonstrações de disparos de tiro de morteiro e obuseiro, que são tipos de armas para disparo de projéteis, bem como ataque aéreo, pela aeronave AF-1.

Após as instruções, militares treinados em artilharia, infantaria e aviação atacaram os inimigos, conforme a simulação. Ao longe, todos puderam acompanhar os impactos das bombas com as enormes nuvens de fumaça que se formaram.

O General Valério Lange, Comandante do Comando de Artilharia do Exército, falou da parceria com a Marinha na Operação Formosa 2020. “É uma satisfação para nós, apoiar o exercício do Corpo de Fuzileiros Navais.

Em caráter inédito, a Força Terrestre atirou junto com a tropa naval durante o exercício final”, disse ele, referindo-se à participação dos equipamentos Astros 2020 no disparo de tiros.

O Sargento Douglas Feliciano foi um dos participantes do exercício. Ele conduziu os pilotos até determinado alvo para realizar o ataque. “Aqui eu pude ganhar mais experiência e poderei atuar melhor em combates reais ou adestramento”, destacou.

Projetos Estratégicos de Defesa

Com meios dos Projetos Estratégicos de Defesa, as Forças Armadas preparam suas tropas para defender a soberania e os interesses do Brasil. Muito semelhante à realidade, os militares simulam ambientes de batalha e se capacitam em ataques com meios terrestres, navais e aéreos.

Entre os projetos estratégicos, a Marinha possui o Programa de Desenvolvimento de Submarinos; o Projeto Míssil Anti-Navio Superfície (MANSUP); o Programa “Classe Tamandaré”; o Projeto-Piloto do Sistema de Gerenciamento da Amazônia Azul (PP-SISGAAz); e o Programa Nuclear da Marinha (PNM).

O Exército possui o Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras (Sisfron), maior projeto de vigilância de fronteiras, e o Programa Guarani, formado por blindados prontos para a defesa externa.

A Aeronáutica está à frente dos Projeto F-X2 e KC-390. O primeiro envolve aviões de caça Gripen. Entre eles, há o avião multiemprego F-39 Gripen, projetado para missões ar-ar e ar-superfície (mar e solo). Essa aeronave será utilizada pela Força Aérea em ações de defesa aérea, ataque e reconhecimento.

Por Mariana Alvarenga
Fotos: Suboficial Manfrim

Fonte: MD

Marcelo Barros
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Universidade Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).