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O potencial do Brasil para liderar a Economia do Mar foi o tema central da palestra de Marcelo Felipe Alexandre, Subsecretário Adjunto do Rio de Janeiro, apresentada aos estagiários da ADESG em Alagoas. Durante o evento, foram debatidas políticas públicas e iniciativas sustentáveis para promover o crescimento do setor.
A importância da Economia do Mar no Brasil e no mundo
A Economia do Mar, responsável por gerar emprego, renda e valor agregado por meio de atividades relacionadas ao oceano, foi destacada por Marcelo como um pilar fundamental para o desenvolvimento econômico sustentável. Durante sua palestra, ele explicou que, enquanto o PIB terrestre cresce em média 10% ao ano, o PIB do mar apresenta um crescimento 10% superior, refletindo o potencial estratégico desse setor no cenário global.
Marcelo também introduziu o conceito de Economia Azul, que enfatiza o desenvolvimento marítimo de forma sustentável, evitando práticas como a pesca predatória e a degradação ambiental. “O Brasil ainda não descobriu plenamente o mar”, afirmou o palestrante, apontando como países como Portugal, China e Estados Unidos prosperaram ao priorizar a exploração marítima em suas políticas econômicas.
O Subsecretário ressaltou que, com mais de 7.600 km de litoral e uma área marítima conhecida como Amazônia Azul, o Brasil possui recursos estratégicos imensos que ainda não foram totalmente explorados. Ele comparou o papel dos oceanos no planeta ao do sistema circulatório no corpo humano, destacando a importância de políticas públicas que aproveitem esses recursos de maneira responsável.
Políticas públicas e iniciativas estratégicas no Brasil
Marcelo Felipe Alexandre trouxe um exemplo pioneiro para os estagiários da ADESG: a criação da Secretaria de Economia do Mar no Rio de Janeiro, a primeira do Brasil. Essa iniciativa, segundo ele, tem servido de modelo para outros estados, com foco em áreas como energia offshore, pesca sustentável e turismo costeiro.
Entre as ações apresentadas, destacou-se a revitalização de estaleiros, que não apenas geram empregos, mas também garantem a prontidão estratégica em situações de conflito. “A indústria naval é essencial para a soberania nacional, pois, sem ela, não conseguimos atender demandas emergenciais em momentos de crise”, explicou Marcelo.
O palestrante também mencionou a necessidade de maior adesão do Brasil a acordos internacionais, como a Convenção de Hong Kong, que regula práticas de descomissionamento e reciclagem de embarcações. Além disso, ele enfatizou o papel crucial de projetos como o planejamento espacial marinho, que organiza a utilização econômica das áreas oceânicas, garantindo segurança jurídica e evitando conflitos de uso.
O papel da ADESG na formação de líderes para a Economia Azul
Para os estagiários da ADESG, a palestra foi uma oportunidade de se conectar a um dos temas mais relevantes do século XXI. Marcelo Alexandre destacou a importância da disseminação da cultura oceânica e de líderes capacitados para implementar políticas públicas eficazes voltadas à economia marítima.
“Vocês, como formadores de opinião, têm um papel fundamental na promoção da conscientização sobre a importância do mar para o Brasil. É preciso virar o olhar de nossa população para o oceano, que ainda é percebido apenas como espaço de lazer”, afirmou Marcelo.
O Subsecretário sugeriu que eventos como este sejam ampliados e que projetos voltados para a popularização da economia marítima, como o ensino de cultura oceânica no ensino médio e a criação de polos tecnológicos, sejam priorizados. “A formação de lideranças com visão estratégica é o que vai garantir que o Brasil explore seu potencial marítimo de forma sustentável e inovadora”, concluiu.
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