Ação Civil Pública tenta limitar contratações de engenheiros brasileiros pela Boeing

A gigante americana Boeing vai ter restrições em suas contratações de engenheiros brasileiros qualificados, principalmente da Embraer, devido a uma Ação Civil Pública (ACP) movida pela Associação Brasileira das Indústrias de Materiais de Defesa e Segurança (Abimde) e pela Associação das Indústrias Aeroespaciais do Brasil (AIAB). A ação visa proteger a soberania nacional e a propriedade intelectual do país no setor aeroespacial e de defesa.

Nos últimos meses, a Boeing contratou mais de 90 profissionais da Embraer, especialmente engenheiros de nível sênior com experiência em estratégia e aviônica. Esses profissionais possuem informações privilegiadas e conhecimento de segredos industriais, como os caças Gripen. A ACP pretende limitar as contratações da Boeing a 0,6% do quadro de engenheiros por ano de cada uma das Empresas Estratégicas de Defesa (EED) e das Empresas de Defesa (ED) que atuam no desenvolvimento de Produtos Estratégicos de Defesa (PED).

Se o pedido for aceito, a Boeing poderá contratar apenas 21 engenheiros da Embraer por ano no Brasil. Atualmente, a Embraer possui cerca de 18 mil funcionários, dos quais 3,5 mil são engenheiros. O processo judicial ainda não possui decisão sobre o mérito e foi movido em novembro pelas associações e pelo escritório Tojal Renault Advogados.

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Marcelo Barros
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Universidade Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).