A gigante americana Boeing vai ter restrições em suas contratações de engenheiros brasileiros qualificados, principalmente da Embraer, devido a uma Ação Civil Pública (ACP) movida pela Associação Brasileira das Indústrias de Materiais de Defesa e Segurança (Abimde) e pela Associação das Indústrias Aeroespaciais do Brasil (AIAB). A ação visa proteger a soberania nacional e a propriedade intelectual do país no setor aeroespacial e de defesa.
Nos últimos meses, a Boeing contratou mais de 90 profissionais da Embraer, especialmente engenheiros de nível sênior com experiência em estratégia e aviônica. Esses profissionais possuem informações privilegiadas e conhecimento de segredos industriais, como os caças Gripen. A ACP pretende limitar as contratações da Boeing a 0,6% do quadro de engenheiros por ano de cada uma das Empresas Estratégicas de Defesa (EED) e das Empresas de Defesa (ED) que atuam no desenvolvimento de Produtos Estratégicos de Defesa (PED).
Se o pedido for aceito, a Boeing poderá contratar apenas 21 engenheiros da Embraer por ano no Brasil. Atualmente, a Embraer possui cerca de 18 mil funcionários, dos quais 3,5 mil são engenheiros. O processo judicial ainda não possui decisão sobre o mérito e foi movido em novembro pelas associações e pelo escritório Tojal Renault Advogados.
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