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Força, garra e coragem. Esses valores são relembrados neste domingo (21), quando o Brasil comemora os 76 anos da Tomada de Monte Castello na Itália, pela Força Expedicionária Brasileira (FEB), durante a Segunda Guerra Mundial. Às 5h30 de 21 de fevereiro de 1945, a 1ª Divisão de Infantaria Expedicionária (1ª DIE) dava início ao ataque. Dois terços da Infantaria, o Esquadrão de Reconhecimento, toda a Artilharia e a Engenharia estavam comprometidos com a conquista do desafiante objetivo. Foram mais de dez horas de combate até a vitória.

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Antes, os expedicionários brasileiros atuaram em outros ataques a Monte Castello, mas sem sucesso. As chuvas e o frio severo prejudicaram o apoio da artilharia aérea e dos veículos blindados nas investidas anteriores. Os combatentes enfrentaram minas terrestres, terra lamacenta e o fogo inimigo.

Finalmente, em fevereiro, com a aproximação da primavera europeia, os combatentes brasileiros tiveram sucesso. Essa vitória foi estratégica contra o Exército alemão, e conquistada pelos soldados brasileiros. A tomada do Monte possibilitou a evolução dos Aliados no Norte da Itália, grupo dos países que o Brasil integrou durante a Segunda Grande Guerra.

Porém, Monte Castello custou muito caro à FEB: 478 brasileiros tombaram em combate, sendo 103 no último ataque. O sacrifício não fora em vão. Alguns meses depois, a Itália estava liberada; a Ofensiva da Primavera avançava pelas planícies do rio Pó e o destino da guerra estava selado.

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O Coronel Cláudio Skora Rosty, do Centro de Estudos e Pesquisas de História Militar do Exército, relembra que a atuação da FEB nos campos de batalha durou 239 dias e libertou vilas e cidades do nazi-fascismo em prol da liberdade, democracia e autodeterminação dos povos. “Algumas de nossas tropas tiveram em Monte Castello o batismo de fogo. Foi um campo de ensinamento, de instrução de tropa e levou às famílias italianas a esperança, o alento e o humanismo”.

A tomada de Monte Castello representa para o povo brasileiro a determinação e a obstinação do dever cumprido, destaca o Coronel. “A FEB combateu um bom combate, voltou com honra e glória e fez a cobra fumar no território italiano”, completou.

Força Expedicionária Brasileira

Em 1944, mais de 25 mil brasileiros foram enviados à Itália para lutar contra os países do Eixo: Alemanha, Itália e Japão. A FEB foi constituída por uma única divisão, a 1ª DIE, sob o comando do Marechal João Batista Mascarenhas de Morais.

O Brasil venceu a guerra ao lado dos Aliados: Inglaterra, França e Estados Unidos, em 8 de maio de 1945. No total, 478 pracinhas morreram em combate e foram sepultados no cemitério de Pistóia, na Itália. Suas cinzas foram transladadas para o Monumento Nacional aos Mortos da Segunda Guerra Mundial, no Rio de Janeiro (RJ), em 5 de outubro de 1960.

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Com informações do Exército
Fotos: divulgação

Marcelo Barros
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Universidade Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).