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A decisão do Carrefour de suspender a compra de carnes do Mercosul, anunciada por seu CEO na França, Alexandre Bompard, é um exemplo claro de protecionismo disfarçado de preocupação ambiental. Essa atitude exige uma resposta firme do Brasil, não apenas para proteger sua economia, mas também para alertar sobre os riscos do uso de narrativas ambientais como justificativa para práticas comerciais discriminatórias e anticompetitivas.
Impactos econômicos e comerciais
O Brasil é referência global na produção de proteínas animais, reconhecido pela excelência de seus produtos e pelo cumprimento de rigorosos padrões sanitários e ambientais. Dados mostram que a pecuária brasileira aumentou sua produtividade em 172% nos últimos 30 anos, enquanto reduziu a área de pastagem em 16%, tudo isso enquanto mantém um dos marcos ambientais mais rigorosos do mundo.
A suspensão unilateral de compras pelo Carrefour ignora esses avanços e ameaça diretamente a economia brasileira. O setor agropecuário, um dos motores econômicos do país, poderia sofrer prejuízos substanciais, comprometendo a renda de milhares de trabalhadores e produtores. Além disso, o boicote afeta consumidores europeus, ao limitar seu acesso a produtos de alta qualidade e sustentabilidade, substituídos por opções menos eficientes e mais caras, o que pode levar a inflação nos preços de alimentos.
Contradições e o uso da sustentabilidade como fachada
A decisão do Carrefour contrasta com as próprias políticas ambientais da França, que preserva proporcionalmente menos áreas naturais que o Brasil. Dados mostram que o Brasil dedica mais de 33% de seu território à preservação ambiental, o dobro da proporção francesa. Além disso, o transporte de produtos locais na Europa, frequentemente menos eficiente, pode gerar emissões de carbono superiores às do transporte de carne brasileira, um paradoxo na justificativa ambiental usada para o boicote.
Essa incoerência demonstra que a decisão do Carrefour não é fundamentada em critérios técnicos ou sustentáveis, mas em pressões protecionistas. Tal atitude ameaça o livre comércio e prejudica as parcerias globais em um momento em que cooperação internacional é essencial para enfrentar desafios como a segurança alimentar e as mudanças climáticas.
Por que o Brasil deve reagir?
Ao responder com firmeza, o Brasil envia uma mensagem clara contra o uso de barreiras protecionistas disfarçadas de preocupações ambientais. Isso fortalece sua posição em negociações internacionais, como o acordo Mercosul-União Europeia, e protege sua reputação como líder global em sustentabilidade e produção agropecuária.
Além disso, o Brasil deve usar plataformas multilaterais, como a Organização Mundial do Comércio (OMC), para exigir transparência nas práticas comerciais e destacar a importância de decisões baseadas em evidências. Atitudes como a do Carrefour criam precedentes perigosos, permitindo que questões ambientais sejam manipuladas para justificar o protecionismo.
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