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O Dia Internacional das Mulheres, comemorado em 8 de março, é uma data de reconhecimento e reflexão sobre a contribuição feminina em diversas áreas da sociedade, incluindo as Forças Armadas. No Exército Brasileiro, essa trajetória começou na década de 1920, com a incorporação das primeiras servidoras civis, e se fortaleceu com a bravura das enfermeiras que atuaram na Segunda Guerra Mundial. Hoje, as mulheres continuam a desempenhar funções fundamentais na Instituição, consolidando sua presença na defesa do Brasil.
As Primeiras Mulheres no Exército Brasileiro
A inserção das mulheres no Exército Brasileiro remonta à década de 1920, quando as primeiras servidoras civis foram incorporadas à Força. Entre elas, destacam-se três datilógrafas que passaram a atuar na Escola de Intendência do Exército, desempenhando funções administrativas essenciais para o funcionamento da Instituição.
Embora fosse uma presença ainda limitada, esse primeiro passo marcou o início da participação feminina nas estruturas militares brasileiras. Aos poucos, as mulheres começaram a ocupar novos espaços, contribuindo para a organização e o desenvolvimento do Exército. Esse crescimento abriria caminho para a incorporação de mulheres em funções operacionais, o que se tornaria realidade algumas décadas depois.
As Enfermeiras Brasileiras na Segunda Guerra Mundial
A Segunda Guerra Mundial foi um divisor de águas na presença feminina nas Forças Armadas. Com a criação do Quadro de Enfermeiras da Reserva do Exército, pelo Decreto-Lei nº 6097, de 13 de dezembro de 1943, as mulheres passaram a integrar o serviço ativo do Exército, atuando diretamente em cenários de guerra.
Ao todo, 73 enfermeiras brasileiras foram incorporadas ao esforço de guerra: 67 serviram na 1ª Divisão de Infantaria Expedicionária (FEB) e 6 no Grupo de Caça Aéreo da Força Aérea Brasileira (FAB). Essas profissionais desempenharam um papel fundamental nos hospitais de campanha do Exército dos Estados Unidos instalados na Itália, em cidades como Nápoles, Valdibura, Pisa, Pistoia e Livorno.
Formadas em escolas de enfermagem renomadas, como Anna Nery, Alfredo Pinto (UniRio), Cruz Vermelha Brasileira e USP, essas mulheres se tornaram as primeiras a ingressar oficialmente no serviço ativo das Forças Armadas brasileiras. Seu trabalho foi reconhecido pelo General Mascarenhas de Moraes, comandante da FEB, que destacou sua dedicação e competência como um verdadeiro atestado do valor da mulher brasileira.
A Presença Feminina no Exército Hoje e no Futuro
Desde então, a presença feminina no Exército Brasileiro cresceu significativamente, e hoje as mulheres desempenham diversas funções em áreas operacionais, administrativas e estratégicas dentro da Instituição. Elas atuam em setores como engenharia, comunicação, saúde, logística e inteligência militar, além de ocuparem cargos de comando e liderança.
O ingresso feminino nas academias militares também tem sido ampliado. O Instituto Militar de Engenharia (IME) e a Escola de Formação Complementar do Exército (EsFCEx) passaram a admitir mulheres em seus quadros, fortalecendo a presença feminina nas fileiras do Exército.
No entanto, desafios ainda existem. O avanço da participação feminina requer políticas de inclusão, igualdade de oportunidades e adaptação da estrutura militar para atender às necessidades das mulheres. O Exército Brasileiro, ciente dessa realidade, segue investindo na valorização e no reconhecimento da mulher militar, consolidando sua importância para a defesa nacional.
Um legado de coragem e dedicação
A trajetória das mulheres no Exército Brasileiro é marcada por pioneirismo, superação e comprometimento. Desde as primeiras servidoras civis até as combatentes e líderes de hoje, elas conquistaram seu espaço e continuam escrevendo uma história de determinação e excelência.
Neste 8 de março, o Exército presta sua homenagem a todas as mulheres que, com honra, dedicação e patriotismo, contribuem para a força e a grandeza da Instituição.
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