7º BPE capacita militares no uso de cães de guerra na Amazônia

Soldado brasileiro treinando cachorro em floresta
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No coração da floresta amazônica, o 7º Batalhão de Polícia do Exército (7º BPE) conduz uma missão silenciosa, porém estratégica: formar adestradores de cães de guerra. Em parceria com o 1º Batalhão de Operações Ribeirinhas e a PMAM, o estágio de sete semanas reúne militares da Marinha, Exército e Aeronáutica para treinar animais capazes de detectar drogas, proteger instalações e atuar em operações policiais.

Técnica, disciplina e preparo: o caminho do adestrador militar

Durante o Estágio de Adestrador de Cães de Guerra, os militares passam por um rigoroso processo de instrução teórica e prática. O foco está na capacitação para o emprego tático dos cães em missões reais. As aulas abordam comportamento animal, reforço positivo, técnicas de obediência, ataque e, principalmente, detecção de substâncias ilícitas, com uso de raças como pastor belga malinois e labrador.

Soldado carrega cachorro na floresta durante missão.

O curso proporciona ao estagiário uma visão completa do papel dos cães no campo de operações militares e de segurança pública. Os animais são treinados para atuar em ações de patrulhamento, guarda, revistas em instalações e combate ao narcotráfico, demonstrando o quanto o elemento cinotécnico pode ampliar a eficácia operacional das tropas em terreno hostil e complexo como a Amazônia.

União de forças e fortalecimento institucional

A presença de estagiários da Marinha do Brasil, Exército Brasileiro e Força Aérea Brasileira, somada à parceria com a Companhia Independente de Policiamento com Cães da Polícia Militar do Amazonas (PMAM), evidencia a importância da integração interagências. A sinergia entre as Forças Armadas e os órgãos de segurança estaduais promove o intercâmbio de experiências e uniformiza procedimentos de adestramento e emprego tático dos cães.

Essa cooperação fortalece a base doutrinária e técnica de cada instituição, além de construir uma capacidade conjunta de pronta-resposta para ações de segurança nas áreas urbanas e ribeirinhas da Amazônia. O 7º BPE atua, assim, como referência nacional em ensino cinotécnico, contribuindo com o adestramento especializado em um ambiente que exige preparo físico, mental e adaptabilidade.

Cães de guerra: aliados estratégicos na selva amazônica

O emprego cinotécnico se mostra uma ferramenta crucial na guerra assimétrica travada no território amazônico. O faro dos cães permite localizar drogas, armamentos, munições e esconderijos em áreas de difícil acesso, atuando como um multiplicador do poder de combate das tropas. Em operações conjuntas com forças ambientais e órgãos de fiscalização, os cães treinados pelo 7º BPE tornam-se peças-chave no combate ao tráfico de entorpecentes, crimes ambientais e ameaças à soberania.

Além da função repressiva, os cães também são empregados em atividades de segurança preventiva, policiamento ostensivo e controle de perímetro, adaptando-se rapidamente a diferentes contextos de missão. No atual cenário de desafios na Amazônia Legal, o 7º BPE e seus parceiros mostram que o investimento em treinamento cinotécnico de excelência é também uma estratégia de soberania, proteção e eficiência operacional.

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Marcelo Barros, com informações e imagens do Exército Brasileiro
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Assessoria de Comunicação (UNIALPHAVILLE), MBA em Jornalismo Digital (UNIALPHAVILLE), Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).