Hoje, o Centro Tecnológico da Marinha no Rio de Janeiro (CTMRJ) faz seu quinto aniversário.

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Criado pela Portaria no 308/MB/2016 e ativado pela Ordem do Dia no 2, de 25 de abril de 2017, do Diretor-Geral de Desenvolvimento Nuclear e Tecnológico da Marinha, o CTMRJ tem o propósito de gerenciar os processos e projetos de Ciência, Tecnologia e Inovação (CT&I); prospectar e fomentar o desenvolvimento de tecnologias não nucleares demandadas pelos Órgãos de Direção Setorial (ODS); centralizar, no que couber, a execução das atividades administrativas das Instituições Científicas, Tecnológicas e de Inovação (ICT) subordinadas, quais sejam o Centro de Análises de Sistemas Navais (CASNAV), o Instituto de Estudos do Mar Almirante Paulo Moreira (IEAPM) e o Instituto de Pesquisas da Marinha (IPqM); e assessorar e prestar orientação técnica, em suas áreas de conhecimento, aos diversos níveis de direção da Marinha do Brasil (MB).

Com sua criação, a MB visou racionalizar a alocação de recursos humanos, financeiros e materiais, a fim de possibilitar uma gestão mais eficiente e eficaz dos recursos de CT&I da Marinha.

Desde o início, o CTMRJ vem cumprindo sua missão de forma profícua. Ao longo do último ano, para os diversos projetos de CT&I sob a sua responsabilidade foram alcançados marcos expressivos de desenvolvimento tecnológico, principalmente no que se refere aos Programas Estratégicos da Marinha, dentre os quais, cita-se:

No âmbito do Programa de Desenvolvimento de Submarinos (PROSUB), o CASNAV concluiu a fase de Planejamento da Avaliação Operacional dos submarinos da Classe Riachuelo; e

No Sistema de Gerenciamento da Amazônia Azul (SisGAAz), o CASNAV avançou no desenvolvimento de uma nova versão do Sistema de Informações do Tráfego Marítimo (SISTRAM V) com o emprego de Inteligência Artificial que permitirá a implementação de alarmes e identificação de rotas anômalas de embarcações.

No tocante a projetos de desenvolvimento autóctone inseridos no Programa Fragatas Classe Tamandaré, o Sistema de Medidas de Apoio à Guerra Eletrônica (MAGE Defensor Mk3) avançou-se com o término do desenvolvimento do cabeça de série e assinou-se, pela primeira vez na Marinha, um contrato de transferência de tecnologia com uma empresa da Base Industrial de Defesa, a Omnisys, para a fabricação de quatro equipamentos.

No que se refere às novas tecnologias, o CASNAV apresentou o Veículo de Superfície Não Tripulado Experimental MB2021, que consiste na conversão de uma embarcação de superfície em um demonstrador tecnológico de sistema remotamente controlado. Seu emprego em testes, como figurativo inimigo, permitiu demonstrar a sua potencialidade. O CASNAV também apresentou um token portátil (“Cryptoken”), o qual utiliza algoritmos pós-quânticos, estado da arte na área de criptografia, revelando-se em grande avanço na segurança de nossas informações.

No processo de reestruturação do Setor de Desenvolvimento Nuclear e Tecnológico, transferiu-se a subordinação do Laboratório de Micro-ondas de Potência e Fotônica (LaMP), localizado no campus da USP, que, hoje, está incorporado à estrutura organizacional do CTMRJ. Sobre o LaMP, vale mencionar a realização bem sucedida do experimento de prova de conceito da tecnologia laser, além dos avanços na execução do projeto de Radar Gaivota na fase “phased- array.”

A respeito da recuperação da infraestrutura do Complexo Naval da Ribeira, obteve-se a aprovação da proposta de fomento junto ao Comitê de Infraestrutura do Ministério de Ciência e Tecnologia, para recebimento de recursos da Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP), com a finalidade de recuperação do prédio principal do CTMRJ com foco em sua Coordenadoria de Inovação, e a revitalização de uma nova área, o “Conexão Marinha”. Essas áreas estarão aptas a servir como um ambiente propício às reuniões de universidades, empresas de Defesa e startups, junto com as ICT da MB, a fim de desenvolver soluções inovadoras e estratégicas para o país e para a Marinha.

Ao longo desses cinco anos, dos quais quase dois anos vividos em meio as dificuldades e restrições impostas pela situação pandêmica vigente no País, vários desafios foram superados. Os resultados obtidos são fruto do trabalho e da dedicação não só da nossa atual tripulação, mas também daquelas que nos precederam, que com competência, profissionalismo e lealdade, buscaram, de forma constante, bem conduzir suas tarefas.

Por fim, é devido destacar e agradecer: ao apoio e orientações emanadas pelo nosso ComImSup, a Diretoria-Geral de Desenvolvimento Nuclear e Tecnológico da Marinha (DGDNTM); ao Centro Tecnológico da Marinha em São Paulo (CTMSP), pelo excelente relacionamento e troca de ideias, e às outras Instituições Científicas, Tecnológicas e de Inovação da Marinha, diretamente subordinadas ou vinculadas ao CTMRJ, as quais também buscam o objetivo de aprimorar o Setor de CT&I da MB.

Ciência, tecnologia e inovação: hoje, a serviço da Marinha do Amanhã e da Marinha do Futuro!

    Viva a Marinha!

ALEXANDRE DE VASCONCELOS SICILIANO

Contra-Almirante (EN)

Diretor

Marcelo Barros, com informações da Marinha do Brasil
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Assessoria de Comunicação (UNIALPHAVILLE), MBA em Jornalismo Digital (UNIALPHAVILLE), Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).