52º CT amplia presença em hub digital com foco em IA e segurança da informação

Pessoas em uniforme militar em frente a painéis digitais.
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Em pleno território do terceiro maior hub digital do mundo, o 52º Centro de Telemática realizou visitas técnicas à Angola Cables e à HowBe Tecnologia, explorando temas como IoT, cloud computing, IA e defesa cibernética. O objetivo é claro: fortalecer o fluxo seguro de dados e ampliar a presença estratégica do Exército no ambiente digital brasileiro.

Infraestrutura visitada e os potenciais tecnológicos mapeados

No dia 8 de abril, o 52º Centro de Telemática (52º CT) realizou uma agenda técnica em Fortaleza, visitando duas referências no setor de tecnologia e telecomunicações: a Angola Cables e a HowBe Tecnologia. A primeira parada foi no Data Center AngoNAP Fortaleza, onde a comitiva militar, liderada pelo Coronel Cileno, conheceu a estrutura operacional da empresa responsável por uma extensa rede de cabos submarinos intercontinentais, conectando o Brasil à África, Europa e América do Norte.

A visita incluiu demonstrações sobre infraestrutura de conectividade, redundância de dados, cibersegurança e gerenciamento de tráfego de rede em tempo real. Em seguida, os militares visitaram a sede da HowBe, empresa integradora de soluções digitais em inteligência artificial, internet das coisas, cloud computing e segurança da informação. O foco foi identificar tecnologias aplicáveis ao ambiente militar, além de possíveis colaborações futuras em projetos de inovação dual.

O diálogo entre Defesa e setor tecnológico civil

As visitas marcaram um passo importante na construção de pontes entre o setor de Defesa e o ecossistema civil de tecnologia. O 52º CT tem atuado como vetor de modernização digital no Exército, e a aproximação com empresas como Angola Cables e HowBe demonstra a disposição da Força em aprender, colaborar e evoluir tecnicamente com os atores mais relevantes do setor.

A cooperação com empresas privadas fortalece o ambiente de cocriação de soluções, troca de experiências e formação de parcerias baseadas na segurança da informação, interoperabilidade de sistemas e uso estratégico de dados. Essa abordagem também contribui para a valorização do conhecimento técnico militar e a construção de uma cultura de inovação dentro das Forças Armadas.

Fortaleza como polo estratégico de conectividade e segurança da informação

As visitas também evidenciam o papel geoestratégico de Fortaleza, hoje considerada o terceiro maior hub de cabos submarinos do planeta. A cidade conecta o Brasil ao mundo por meio de uma malha digital crítica para a soberania nacional, o que justifica a presença ativa de unidades como o 52º CT, voltadas à proteção e desenvolvimento de infraestruturas sensíveis.

O Ceará também se destaca como ambiente de inovação tecnológica e de parcerias institucionais, o que fortalece a posição do Nordeste como fronteira digital do Brasil. Ao atuar nesse território, o 52º CT contribui para consolidar a defesa cibernética nacional, integrando a visão estratégica da Defesa às exigências do século XXI, onde o fluxo seguro de dados é tão vital quanto o controle do espaço físico.

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Apoio

Marcelo Barros, com informações e imagens do Exército Brasileiro
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Assessoria de Comunicação (UNIALPHAVILLE), MBA em Jornalismo Digital (UNIALPHAVILLE), Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).

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