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Ele enfrentou o front europeu com coragem, sobreviveu ao estilhaçamento de granadas e voltou ao Brasil como um verdadeiro herói. O 3º Sgt Filisbino, único ex-combatente vivo da Força Expedicionária Brasileira (FEB) em Santa Catarina, recebeu em casa a visita do Coronel Antonio Fernando Adorno Cossa, comandante do 23º Batalhão de Infantaria, em uma homenagem pelos 80 anos da vitória contra o nazifascismo. A solenidade simbólica contou com a presença de autoridades civis e militares em Camboriú (SC).
A trajetória militar do 3º Sgt Filisbino na Força Expedicionária Brasileira (FEB)
Incorporado ao 23º BI como soldado em 1941, Hugo Pedro Filisbino galgou posições por mérito, sendo promovido a cabo e, posteriormente, a 3º sargento. Em 1944, embarcou para a Europa como integrante da FEB, força militar enviada pelo Brasil para combater o Eixo na Campanha da Itália. Participou de batalhas intensas e foi ferido por estilhaços de granadas de artilharia, o que lhe rendeu, entre outras, a Medalha Sangue do Brasil e a Medalha de Campanha.
Seu retorno ao Brasil foi marcado não só pela honra, mas por uma vida dedicada à memória dos companheiros de farda e ao fortalecimento dos valores patrióticos que defenderam em solo estrangeiro. Hoje, aos 80 anos do fim do conflito, sua história permanece viva como testemunho da bravura e da abnegação dos pracinhas brasileiros.
O papel da FEB e dos pracinhas na vitória aliada na Segunda Guerra Mundial
A Força Expedicionária Brasileira foi composta por cerca de 25 mil militares enviados para combater na Itália ao lado dos Aliados. Os brasileiros atuaram em missões decisivas, como as batalhas de Monte Castelo, Castelnuovo e Montese. Com determinação e coragem, os pracinhas contribuíram diretamente para o enfraquecimento das forças nazifascistas, que se renderam em 8 de maio de 1945 — marco conhecido como o Dia da Vitória.
O desempenho das tropas brasileiras surpreendeu pela tenacidade e capacidade de adaptação em terrenos montanhosos e clima rigoroso. A participação da FEB representou um divisor de águas na projeção internacional do Brasil, além de consolidar o compromisso do país com a liberdade e a democracia em tempos sombrios.
A importância da memória histórica e do reconhecimento aos veteranos de guerra
A homenagem prestada ao 3º Sgt Filisbino carrega mais do que um simbolismo militar: é um gesto de gratidão de toda uma nação àqueles que lutaram para que a paz prevalecesse. Em um tempo de mudanças aceleradas, o resgate da memória histórica torna-se um ato essencial para manter viva a identidade nacional e os valores que moldaram a trajetória do Brasil no século XX.
O reconhecimento público ao último veterano da FEB em Santa Catarina reforça a importância da valorização dos heróis anônimos que, muitas vezes, foram esquecidos após a guerra. O exemplo de Filisbino inspira gerações e reforça a necessidade de preservação de sua história em museus, escolas e iniciativas culturais.
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