23ª Bda Inf Sl lidera apoio à desintrusão em terra indígena

Grupo uniformizado posando em frente à placa Operação Kayapó.
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No interior do Pará, a presença da 23ª Brigada de Infantaria de Selva marca o início de uma operação que vai além da logística: representa o compromisso do Estado com a proteção dos povos indígenas e o cumprimento de decisões judiciais. Com cerca de 250 militares e uma estrutura robusta instalada em Cumaru do Norte, o Exército Brasileiro participa ativamente da Operação de Desintrusão na Terra Indígena Kayapó, apoiando os órgãos federais no cumprimento da ADPF 709, determinada pelo STF.

Estrutura logística e meios tecnológicos empregados

Formação de veículos e policiais no gramado.

A atuação da 23ª Brigada de Infantaria de Selva (23ª Bda Inf Sl) na Operação de Desintrusão na Terra Indígena Kayapó envolve um amplo aparato logístico que garante mobilidade, segurança e eficiência. Sob a coordenação do Comando Militar do Norte (CMN), foram deslocados cerca de 250 militares, apoiados por 30 viaturas especializadas, entre tratores, caminhões frigoríficos, cisternas de combustíveis e viaturas de transporte de pessoal e carga.

Instalada no município de Cumaru do Norte (PA), a Base Operacional funciona como centro de apoio aos órgãos federais participantes da operação, com mais de 24 toneladas de suprimentos já transportados para assegurar o funcionamento pleno da missão. O uso de Sistemas de Aeronaves Remotamente Pilotadas (SARP), comunicação via rádio e satélite, além de tecnologia de georreferenciamento, permite que o comando acompanhe em tempo real o deslocamento das equipes e mantenha controle sobre a área de operação, garantindo precisão nas decisões e agilidade nas respostas.

Garantia dos direitos indígenas e papel das Forças Armadas

A Operação de Desintrusão tem por objetivo retirar ocupações ilegais da Terra Indígena Kayapó, atendendo à ADPF 709, ação de Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental referendada pelo Supremo Tribunal Federal (STF). A medida busca assegurar os direitos constitucionais dos povos indígenas, protegendo seu território tradicional frente a invasões que ameaçam sua cultura, saúde e segurança.

O papel da 23ª Bda Inf Sl nesta missão é estritamente de apoio, oferecendo infraestrutura, comando e controle para que os órgãos competentes — como a Polícia Federal, a FUNAI e o IBAMA — possam cumprir suas funções com segurança e eficiência. A presença das tropas garante a estabilidade do processo, evitando conflitos e promovendo uma ação coordenada, legal e pacífica.

Defesa da legalidade e presença do Estado na Amazônia Oriental

Mais do que uma ação pontual, a participação do Exército na Operação de Desintrusão na TI Kayapó reafirma a presença efetiva do Estado na região da Amazônia Oriental, uma área marcada por disputas fundiárias, pressão ambiental e interesses econômicos ilegais. Como Força de Emprego Estratégico, a 23ª Bda Inf Sl cumpre papel central no apoio às instituições democráticas, garantindo a execução de decisões judiciais e a proteção de populações vulneráveis.

A atuação coordenada, sob a Casa Civil da Presidência da República, mostra que a defesa da legalidade e da ordem constitucional também passa pelo emprego qualificado das Forças Armadas em apoio a operações interagências. O Exército, neste contexto, consolida sua função de vetor de estabilidade, pronto para servir à nação sempre que convocado.

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Marcelo Barros, com informações e imagens do Exército Brasileiro
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Assessoria de Comunicação (UNIALPHAVILLE), MBA em Jornalismo Digital (UNIALPHAVILLE), Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).

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